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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PERIFERIA OU GUETOS?

Para que todos que este texto alcançar possam compreender, inicio por desvendar o significado do termo: GUETO, segundo a Enciclopédia Livre, Wikipédia: Gueto (do italiano ghetto) é um bairro ou região de uma cidade onde vivem os membros de uma etnia ou qualquer outro grupo minoritário, frequentemente devido a injunções, pressões ou circunstâncias econômicas ou sociais. Por extensão, designa todo estilo de vida ou tipo de existência resultante de tratamento discriminatório. Creio que a reflexão que busco fazer se encaixe mais precisamente na última, visto que somos a grande maioria excluída da sociedade vivendo nas periferias, onde o acesso aos bens econômicos e imateriais é uma realidade. Visto como bairros dormitórios por todos que administram ou administraram a cidade de João Pessoa, para citar uma de tantas exclusões, as atividades culturais é uma delas: todos os eventos realizados no passado e no presente sempre concentraram-se no Centro ou na Orla marítima da cidade. A começar pela primeira festa do ano: Reveillon. Os Bairros ficam um verdadeiro “DESERTO”, a programação ocorre no busto de Tamandaré, e uns pra lá obrigatoriamente se deslocam ou trancados em suas residências, comemoram a passagem de ano. No passado, tal política era pela lógica anteriormente explicada (bairros moradia), mas hoje, isso acontece por uma questão política. O crescimento populacional provocou um caos no transito, isso faz muito tempo. O deslocamento dessa população para o Centro comercial, além do caos no transito, provoca uma agressão ao meio ambiente, pela gigantesca frota de automóveis existentes na cidade, mas, isso não foi suficiente para os gestores promoverem uma política descentralizadora: Passar a investir nos bairros dormitórios, para seu desenvolvimento, no sentido destes encontrar minimamente, serviços e bens da necessidade humana, evitando o deslocamento para um único ponto: o Centro. Essa lógica contraria certamente os financiadores de campanhas: empresários de ônibus, de grandes lojas comerciais, etc. o Centro. Mangabeira é um exemplo claro do que penso: uma “cidade” auto-suficiente! Existe diversas Agencias Bancárias (essas umas das responsáveis pelo desenvolvimento econômico daquele bairro). Um comércio pungente, um distrito industrial, mercado público, hospitais, e agora um Shopping. No entanto, assim como os demais bairros, não tem acesso a cultura, concentrada em espaços que privilegiam as áreas nobres da cidade, leia-se: hotelarias, restaurantes, etc. Esse no meu ponto de vista, o maior bem para o indivíduo, negligenciado pelo poder público, no que resulta no aumento do envolvimento da juventude com as drogas, pela ociosidade e falta de oportunidades, sendo a cultura uma das alternativas para superação desta questão. Quem depende de transporte coletivo para freqüentar o Teatro Santa Rosa ou qualquer dos teatros existentes na cidade de João Pessoa, sabe que a inviabilidade se dá pelo crescimento da violência, outrora muito mais por uma realidade econômica (o que não significa dizer que esta tenha sido superada): experimente descer na parada de ônibus distante da sua residência em um bairro de periferia sem ser assaltado? Experimente esperar um ônibus após uma programação cultural na Estação Ciência ás 10:00 ou 11:30 horas da noite? Quem depende de ônibus se arriscaria? Teria muitos outros quesitos a serem colocados, mais fico por aqui nesta modesta reflexão sobre a grande exclusão sofrida pelos residentes dos Guetos! Essas foram minhas propostas em função da disputa a prefeitura de João Pessoa em 2008, e acho que esse é o caminho.

sábado, 20 de abril de 2013

A PRAGA DAS PROGRAMAÇÕES TELEVISIVAS


O Brasil é um país formado por um conjunto de Estados, e estes, possuem suas peculiaridades culturais. Não vou adentrar nessa questão a fundo, pois, confesso não ser PHD no assunto, agora, o que não pode, é ter que engolir certas programações que de longe faz parte da cultura de determinada região. Isso porque, estados mais pobres, pousam de meros repetidores de uma programação produzida por estados ricos. Para quem não tem recursos para pagar uma TV a cabo, fica sujeito a programação do canal aberto, com seu lixo cultural, sem falar do conteúdo que muitas vezes (na sua maioria) é totalmente fora do contexto cotidiano das pessoas que as assistem.
Os congressistas precisavam pensar nisso: como ter que assistir, por exemplo, o programa do Luciano Ruck, Regina Cazé, Xuxa, Faustão, Gugu, entre outros, onde, sua programação é toda dentro de um contexto alheio as outras culturas regionais, e quando outras manifestações culturais aparecem, é como se fosse como consolo, de tão ínfimo o tempo que a mesma é exposta.
Por outro lado, empresários e comunicadores reproduzem e valorizam o padrão global, em nome do lucro, da audiência garantida, desconsiderando os artistas locais, e por tabela, a população também acaba por não valorizar a sua cultura e os seus artistas.
Para nossa tristeza, os padrões comportamentais das pessoas, principalmente da juventude, são estabelecidas por estes meios de comunicação, estes tem sido responsáveis pelo assassinato de padrões éticos/morais, fundamentais em alguns casos, para a harmonia e o convívio de uma sociedade saudável.
Os únicos programas de TVs das repetidoras que parece fazer sucesso, é o policial. Embora produzidos com a prata da casa, sendo igualmente cópia fiel das programações do sudeste e sul do país, consegue ter espaço privilegiado, e garantia de audiência. Prefiro não comentar o quanto os nossos referenciam os de fora: até para mediar debates, mandam profissionais de fora, e olha que mostraram incompetência em várias ocasiões, melhor nem exemplificar. Funk, Comédia Pastelão sem graça, Baixaria entre famílias, vida dos artistas (celebridades) Big bosta, a praça é deles, não vale a pena ver de novo, fala de que te ovo, e outras merdas mais. Lamentável.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013